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quarta-feira, 5 de março de 2008


As Vitaminas: Mocinhas ou vilãs?




Preciso tomar vitaminas??? Posso tomar vitaminas e outros suplementos durante esta dieta??? Tô grávida, posso tomar vitamina C??? Precisarei tomar vitaminas???

Estas são só as mais comuns das perguntas feitas pelos pacientes com relação às vitaminas.
O que acontece é que muita gente desconhece o assunto e às vezes faz uso excessivo de vitaminas e sais minerais, chegando a recomendar para outros como uma coisa boa para a saúde, sem saber que pode estar correndo riscos à saúde.

O termo "VITAMINA" vem do latin "VITA", vida + elemento composto AMINA, porque Casimir Funk, ao criar o termo, em 1911, descobrindo a primeira vitamina - vitamina B1 e a identificou como uma amina imprescindível para a vida). Segundo os Anais do III Congresso Internacional de Vitaminologia, realizado em 1953 em Milão, na Itália, "as vitaminas são substâncias orgânicas especiais, que procedem freqüentemente como coenzimas, ativando numerosas enzimas importantes para o metabolismo dos seres vivos. São reproduzidas nas estruturas celulares das plantas e por alguns organismos unicelulares".

Elas podem ser: Hidrosolúveis ou Liposolúveis. As hidrosolúveis são: tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico, cianocobalamina, biotina, ácido ascórbico, inositol, paba, vitaminas P, F, B15. e as liposolúveis as A, D, E e K.

Elas exercem numerosas funções importantes no organismo, tais como:
Retinol ou A: ação protetora na pele e mucosas, papel essencial na função da retina, na capacidade funcional dos órgãos de reprodução, defesa contra as infecções, resistência às enfermidades, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial, etc;
Tiamina ou B1: ação antiberibérica, indispensável a saúde do sistema nervoso, dos músculos e do coração, metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, etc;
Riboflavina ou B2: intervêm nas oxidações celulares, promove o crescimento, atua na regeneração sangüínea, no fígado, no trabalho cardíaco e no aparelho ocular, etc;
Niacina ou B3: diminui o colesterol do plasma, atua no metabolismo das gorduras e carboidratos, antipelagra, etc;
Ácido pantoténico ou B5: auxilia o metabolismo em geral, reduz as infecções produzindo anticorpos, evita a fadiga, reduz os efeitos adversos e tóxicos de muitos antibióticos, etc;
Piridoxina ou B6: atua na liberação de glicogênio hepático e muscular, reduz os espasmos musculares noturnos, cãibras nas pernas e dormência nas mãos, etc;
Inositol ou B7:, ajuda na quebra de gorduras e nutre células cerebrais, metaboliza gorduras e colesterol;
Biotina ou B8: acalma as dores musculares, alivia a eczema e a dermatite, mantém a pele e sistema circulatório saudáveis, além de ajudar a crescer cabelo;
Ácido fólico ou B9: atua na recuperação de doenças funcionamento perfeito do trato intestinal, na transmissão de traços hereditários e oferece proteção contra os parasitais intestinais e intoxicação alimentar;
Cianocobalamina ou B12: fortalece o sangue e a medula óssea, é antianêmica, age favoravelmente sobre as degenerações nervosas decorrentes da anemia perniciosa, produz melhoria nas condições gerais (apetite, vigor físico etc);
Colecalciferol ou D: é anti-raquítica, ajuda a calcificação dos ossos da criança, facilita a fixação do cálcio no organismo evitando dores nas costas e nos quadris, etc;
Tocoferol ou E: auxilia a fertilidade, garante um melhor aproveitamento dos alimentos, é antioxidante, favorece o metabolismo muscular, previne danos à membrana celular inibindo a peroxidação lipídica;
Menaquinona ou K: tem papel muito importante na coagulação do sangue. podendo, sua falta causar hemorragias.

Porém não só de benefícios vive o mundo das vitaminas e minerais. O excesso destes componentes pode ser muito prejudicial à saúde, devendo ser tomados sempre sob orientação profissional.

Excesso de Vitamina A: O excesso de vitamina A pode ser tóxico, uma intoxicação aguda pode causar: sonolência, irritabilidade, cefaléia e vômito; já a intoxicação crônica pode causar cabelo escasso e áspero, a queda parcial das sobrancelhas, as rachaduras labiais e a pele seca e áspera. O fígado e baço podem aumentar de tamanho. Quando uma mulher toma isotretinoína (um derivado da vitamina A utilizado no tratamento de problemas cutâneos) durante a gestação, o seu filho pode apresentar malformações congênitas.

Excesso de Vitamina D: O excesso de vitamina D pode causar intoxicação, acarretando um aumento da concentração de cálcio no sangue. Os sintomas iniciais da intoxicação pela vitamina D são a inapetência, a náusea e o vômito, os quais são acompanhados pela sede excessiva, aumento da micção, fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial. O cálcio pode depositar-se por todo o corpo, sobretudo nos rins, onde ele pode causar uma lesão permanente. Também ocorre um aumento da concentração de uréia (um produto da degradação metabólica) no sangue.

Excesso de Vitamina E: As doses elevadas de vitamina E, que podem ser administradas aos recém-nascidos prematuros para reduzir o risco de retinopatia, não parecem produzir qualquer efeito adverso significativo. Nos adultos, as doses elevadas produzem pouquíssimos efeitos adversos apreciáveis, exceto o aumento das necessidades de vitamina K, o qual pode causar hemorragia nos indivíduos que fazem uso de medicamentos anticoagulantes.

Excesso de Niacina: Em doses elevadas pode causar rubor intenso, prurido, lesão hepática, distúrbios cutâneos, gota, úlceras e redução da tolerância à glicose.

Excesso de Vitamina B6: Doses elevadas de B6 podem lesar gravemente os nervos, destruindo parte da medula espinhal.

Excesso de Ácido Fólico: Em determinadas condições, o ácido fólico pode ser tóxico. Em doses elevadas, ele pode aumentar a freqüência de crises convulsivas em indivíduos epilépticos e pode piorar a lesão neurológica nos indivíduos com deficiência de vitamina B12.

Excesso de Vitamina C: As doses superiores a 1.000 miligramas por dia causam diarréia, litíase renal (nos indivíduos susceptíveis) e alterações do ciclo menstrual.

Excesso de Ferro: O excesso de ferro é tóxico e provoca vômito, diarréia e lesão intestinal.

Excesso de Zinco: As grandes quantidades de zinco, geralmente adquiridas através do consumo de alimentos ácidos ou de bebidas acondicionadas em latas com revestimento de zinco (galvanizadas), podem produzir um sabor metálico, vômitos e problemas gástricos. A ingestão de 1 grama ou mais pode ser fatal.

Excesso de Cobre: O cobre que não está ligado a uma proteína é tóxico. O consumo de quantidades relativamente pequenas de cobre livre pode provocar náusea e vômito.

Excesso de Molibdênio: Os indivíduos que consomem grandes quantidades de molibdênio podem apresentar sintomas semelhantes aos da gota: incluindo uma concentração alta de ácido úrico no sangue e dores articulares.

Excesso de Selênio: O excesso de selênio pode produzir efeitos deletérios, os quais podem ser decorrentes do uso de suplementos sem prescrição. Os sintomas são a náusea, o vômito, a queda de cabelo e unhas, uma erupção cutânea e lesões nervosas.

Excesso de Iodo: A intoxicação pelo iodo é causada pelo consumo diário de quantidades muito grandes de iodo, algumas vezes como conseqüência do fato de viver próximo ao mar. O excesso de iodo pode produzir o bócio e, algumas vezes, o hipertireoidismo.

Excesso de Fluoreto: Os habitantes de regiões onde a água potável é muito rica em flúor podem absorver quantidades excessivamente altas deste elemento, uma condição denominada fluorose. O fluoreto acumulase nos dentes (sobretudo nos permanentes) e nos ossos. Manchas irregulares de cor branco-giz formam- se na superfície do esmalte dentário, podendo tornar-se amarelas ou castanhas.

Mas porque da foto lá em cima?? Pra lembrar que antes de seguir a teoria "De A a Zinco!", procure saber se é realmente necessário tomar cápsulas de vitaminas e minerais.
As vitaminas são substâncias que acompanham os alimentos e são fundamentais, em quantidades mínimas, para o crescimento e a manutenção dos animais em geral. Assim, tendo qualidade de vida e alimentação balanceada, é possivel adquirir todas as vitaminas e minerais que precisamos sem a necessidade de suplementação.
Em caso de dúvida, procure a ajuda de um nutricionista. Ele é o profissional mais indicado para avaliar a qualidade de sua alimentação.

A dica é: busque modificar seu estilo de vida e hábito alimentar. Eu garanto será bem mais barato que os frascos de suplementos.


Referências:

HOFFMANN, H et al Vitamnias. Instituto educacional luterano de Santa Catarina. Joenvile, 2000.
MERCK, S & DOHME. Manual merck: edição de saúde para a família. Merck & CO. Inc. sec 12, cap 135. Portugal, 2008. Disponível em: http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D161%26cn%3D1248

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