Adoçantes artificiais cada dia aumentam sua participação em produtos alimentícios desde que estudos recentes mostraram os prejuízos para a saúde dos açucares. No entanto, no mercado atual, várias são as opções de substitutos do açúcar e várias também são as diferenças entre eles. Alguns mais amargos outros mais doces, o certo é que ninguém supera ou igual ao sabor do açúcar de mesa, a sacarose.
Em 1976, cientistas britânicos do Queen Elizabeth College da Universidade de Londres, que procuravam uma nova formulação de "pesticida" acabaram por realizar uma reação de cloração na molécula de sacarose com a substituição de três hidroxilas (OH) por três átomos de cloro (Cl) e acabaram, meio que sem querer, inventando a sucralose.
Posteriormente, a sucralose foi aprovada pelo FDA - Food and Drug Administration em todas as categorias (General Purpose), JECFA - Joint Expert Committee on Food Additivies e ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária como "edulcorante" e seu uso foi liberado para consumo.
- A Sucralose tem poder adoçante 600 vezes mais doce que o açúcar comum;
- Não apresenta sabor amargo residual;
- Suporta temperaturas elevadas, podendo ser utilizado na culinária;
- Não interfere em outros sabores ou ingredientes;
- Não há efeitos adversos conhecidos;
- É o único adoçante que pode ser utilizado sem restrições, inclusive por fenilcetonúricos, gestantes, crianças e diabéticos.
- Não possui calorias: a Sucralose não é reconhecida pelo organismo como carboidrato e não é metabolizada ou decomposta de outra forma como fonte de energia. Quando usado para adoçar comidas ou bebidas, nenhuma caloria é acrescentada. Porem produtos feitos com sucralose algumas vezes contém calorias provenientes de outras fontes;
- Não causa cáries;
- Não tem efeito na secreção de insulina;
- Não é tóxica: estudos demonstram que a quantidade de sucralose que pode ser consumido por indivíduos, mesmo que diariamente durante toda sua vida, continuará sendo seguro por uma larga margem, segundo as autoridades internacionais de saúde. A Dose Diária Consumida (ADI) para a sucralose estabelecida pelo U.S. Food and Drug Administration, é de 5mg/Kg do peso do indivíduo, por dia.
Fora do Brasil:
No exterior, há muita gente que discorda dessa inoquidade da Sucralose. Vários pesquisadores independentes tem encontrado resultados que demostram presença de efeitos indesejados como: erupções cutâneas, pânico, tontura e dormência, diarreia, inchaço, dores musculares, dores de cabeça, cólicas intestinais, problemas de bexiga, e dor de estômago.
Há outros que discordam da não absorção dos compostos da sucralose e dizem que 11% a 27% de sucralose é absorvido nos seres humanos, eo resto é excretado nas fezes.
O que que posso dizer sobre isto é: sempre haverá discordância em relação à substitutos para o açúcar. Sinceramente não acredito que haja um substituto perfeito, todos os edulcorantes apresentam problemas e muitos estudos ainda precisam ser realizados para confirmar a eficácia deles.
Eu prefiro utilizar açúcar em menor quantidade do que adoçantes. Só prescrevo adoçantes no caso de necessidade extrema ou adaptação pessoal. Por exemplo, diabéticos, obesos, hipertensos, que precisam eliminar excessos de açucares simples e, nestes casos, os adoçantes ajudam; e pessoas que já se acostumaram e não comem mais açúcar.
Sempre antes de decidir sobre o uso de adoçantes deve-se avaliar o perfil do paciente. nem todo mundo consegue se adaptar a esta mudança.
Até a próxima....
Sobre o Autor:
 | É nutricionista formado pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e especialista em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho. Trabalha com nutrição clínica e esportiva em Belo Horizonte. Visualizar perfil completo. |
