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quinta-feira, 15 de julho de 2010

As calorias, nem sempre são equivalentes. Veja o porquê.

O GET (gasto energético total) é formado pela TMB (taxa metabólica basal), TID (termogênese induzida pela dieta) e FA (fator atividade). A TID é responsável aumento do metabolismo após a ingestão de alimentos e geralmente é responsável por cerca de 10% gasto energético diário em seres humanos. Ela varia de acordo com o teor de macronutrientes da refeição ingerida. O metabolismo de carboidratos é energeticamente mais dispendioso do que as gorduras e metabolismo de proteínas é o mais exigente de todos. Ou seja, em ordem, gasta-se mais energia no metabolismo de proteínas, depois carboidratos e por fim, gorduras.

De forma geral, a TID será maior se a refeição consumida for mais complexa, exigindo mais trabalho do fígado e liberação de inúmeras enzimas digestivas.
No último dia 16 de junho, foi publicado um artigo na Food & Nutrition Research, que mostrou as diferenças na TID de alimentos integrais e alimentos processados. Quando comparados com alimentos integrais, os processados possuem menor teor de nutrientes por caloria, menos fibras e excesso de carboidratos simples, tornando-os quimicamente mais simples e em consequência disto, de digestão mais fácil.

Os cientistas então, pegaram 18 indivíduos saudáveis (12 mulheres e 6 homens), com idades entre 18 e 56 anos, e os dividiram em 2 grupos. Cada um recebeu refeições regulares. Estas refeições eram isoenergéticas e possuíam entre 600 e 800 kcal, nas proporções de 15-20% de proteínas, 40-50% de carboidratos e 33-39% de gorduras. A diferença era a composição, pois um grupo recebeu uma refeição formada por alimentos integrais e o outro grupo, uma refeição formada por alimentos processados.

Ao fim do ensaio, eles encontraram o seguinte: A TID da refeição baseada em alimentos processados foi de 46,8% inferior ao TID da refeição baseada em alimentos integrais e, portanto, confere uma desvantagem metabólica em relação à obesidade.

Tudo isto comprova a importância dos alimentos integrais à saúde e seu uso em programas de reeducação alimentar.

Mostra ainda que as calorias não são iguais, pois mesmo as refeições sendo isocalóricas e em proporções semelhantes o gasto energético foi significativamente maior nos indivíduos que receberam a refeição baseada em alimentos integrais.

Esta conclusão me faz pensar: Será que as listas de substituições, que são baseadas em calorias, estão realmente corretas???

Quem quiser o artigo, baixe-o AQUI.
Até mais...

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