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domingo, 17 de outubro de 2010

Lavar as mãos reduz em 98% as contaminações por bactérias

Pesquisas realizadas por organismos de saúde evidenciam que grande parte da população não cultiva o hábito de lavar as mãos depois de ir ao banheiro e antes das refeições, por exemplo. No entanto, no Dia Mundial de Lavar as Mãos, que foi instituído neste 15 de outubro, o biomédico Roberto Figueiredo, o “Dr. Bactéria”, ressalta que o simples hábito reduz em 98% as contaminações por bactérias.
De acordo com ele, além de evitar doenças, lavar as mãos reduz em até 85% o índice de infecções dentro dos serviços de saúde. “O próprio Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] afirma que cerca de 1 milhão de crianças entre 0 e 5 anos morrem por ano vítimas de doenças provocadas em decorrência da ausência da lavagem das mãos”, informou.
Por isso, o especialista afirma que “todos deveriam cultivar o hábito de lavar as mãos entre oito e 25 vezes ao dia”. No entanto, ele recomenda que a higienização das mãos deva ser feita com “água e sabão, deixando o álcool em gel para momentos de extrema necessidade, quando não se tenha água potável em disponibilidade”.
Gripe A – Segundo o especialista, um dos exemplos de higienização das mãos e que pode reduzir a incidência de doenças é a prevenção da gripe A. Isso porque o vírus H1N1 se prolifera por meio do contato pessoa a pessoa e as mãos representam um foco de disseminação da doença.
“Não devemos ficar neuróticos, mas permanecer vigilantes com o hábito de lavar as mãos de forma frequente é importante. Uma prática que deve acompanhar todos nós, diariamente, principalmente os profissionais de saúde”, orientou.
Em 1846, Ignaz Semmelweis, médico húnguro, reportou a redução no número de mortes maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos.
A legislação brasileira, por meio da Portaria n. 2.616 de 12 de maio de 1998 e da RDC n. 50 de 21 de fevereiro de 2002, estabelece, respectivamente, ações mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses instrumentos normativos reforçam o papel da higienização das mãos como ação mais importante na prevenção e controle das infecções em serviços de saúde. Entretanto, apesar das diversas evidências científicas e das disposições legais, nota-se que grande parte dos profissionais de saúde ainda não segue a recomendações de Ignaz Semmelweis em suas práticas diárias.
por Agência Alagoas

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Belo Horizonte pode proibir Fast-foods com brindes


Os famosos lanches das redes de fast food que vêm acompanhados por brindes ou brinquedos estão com os dias contados se o Projeto de Lei 1.254/10, for aprovado e sancionado. O PL, que atualmente tramita em 1º turno na Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), proíbe a venda deste combos baseando-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e em pesquisas feitas na área da saúde.

Segundo a CMBH, as promoções das redes de fast-food que oferecem brindes nos lanches têm como público alvo as crianças, associando personagens de desenhos animados ao produto. O PL sugere que este tipo de estratégia de venda entra em conflito com o CDC. De acordo com a vereadora autora do projeto, Maria Lúcia Scarpelli (PcdoB), é como se a criança quisesse comprar o lanche por causa do brinquedo, mesmo sem estar com fome, pois o consumidor infantil não tem capacidade de distinção.

A parlamentar ressaltou também a preocupação com a saúde das crianças. “É questão de saúde pública. Estes alimentos não têm nada de saudável. E estes brindes influenciam seu consumo”, afirma. Maria Lúcia Scarpelli vai solicitar audiência pública sobre o tema do PL.

Fonte: Jornal Estado de Minas de 18-09-2010.

Leia também:

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O custo da obesidade

Você sabia que a obesidade não prejudica somente sua saúde física, mas também sua saúde financeira?
Lendo o jornal The Washington Post de hoje, me deparei com uma reportagem muito interessante feita pela jornalista Lauran Neergaard. Esta reportagem entitulada “Report: Obesity hurts your wallet and your health”, mostra fatos alarmantes relativos ao custo de manutenção da saúde de uma pessoa obesa nos estados unidos.
O estudo comentado apresenta as cifras de US$ 4,879 para a mulheres e US$ 2.646 para homens.
Dois terços dos americanos estão acima do peso ou obesos, e obesidade infantil triplicou nas últimas três décadas. Quase 18 % dos adolescentes agora são obesos, de frente para um futuro de diabetes, doenças cardíacas e outras enfermidades.
O Brasil não fica para trás e vem engordando também com o passar dos tempos. Este fenômeno que vem acontecendo nos EUA, servem de alerta para o resto do mundo.
Não deixe este mal chegar à sua vida. Se ele já aconteceu, nunca é tarde para lutar. Crie coragem e busque ajuda para reduzir a gordura. No final você terá benefícios incríveis.
Até mais...

PS: Se você quiser ler a reportagem na íntegra, visite: The Washington Post

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Biodisponibilidade de proteínas

 Um passo fundamental para compreender a utilidade  e avaliar uma fonte de proteína é o entendimento de biodisponibilidade de uma proteína. Nem todas as proteínas são criadas de forma igual, e algumas são mais benéficas para você do que outras.

A biodisponibilidade classifica o quanto a proteína é útil e eficaz ao seu corpo. Existem três principais tipos de aminoácidos. Enquanto alguns podem ser criados por seu corpo, há outros aminoácidos que não. Boas fontes de proteína devem conter todos os três:

  • Aminoácidos Essenciais (IaaS) - Estes são também conhecidos como aminoácidos indispensáveis. Estes aminoácidos devem ser obtidos diretamente dos alimentos uma vez que o corpo não pode fabricá-los. Alimentos como, carne vermelha, frango, peixe e leite contêm todos os 8 IaaS. Estes alimentos possuem alta biodisponibilidade e, portanto, são conhecidos como proteínas completas. Por outro lado, as proteínas dos vegetais e grãos contém grandes quantidades de alguns IaaS e pequenas quantidades de outros.
  • Aminoácidos Não-Essenciais (DAAs) - Estes são também conhecidos como aminoácidos dispensáveis. A razão pela qual eles são "não-essenciais" é que eles não necessitam ser adquiridos a partir de alimentos, pois podem ser produzidos pelo organismo.
  • Aminoácidos de Cadeia Ramificada (BCCAs) - Estes são um tipo especial de aminoácidos essenciais, que ao contrário de outros aminoácidos, são metabolizados no músculo em vez do fígado. Eles são importantes na determinação da biodisponibilidade de uma fonte de proteína.

A proporção de IaaS para DAAs e BCAAs é o que determina a biodisponibilidade de uma fonte de proteínas e como ela é eficaz na reparação e construção de tecido muscular.

O principal parâmetro de biodisponibilidade das proteínas é seu valor biológico (VB). Isso indica o quanto os aminoácidos presentes na fonte protéica correspondem à exigência do organismo. Então VB mede a porcentagem de proteína que é realmente utilizada pelo organismo de forma eficaz. Sendo proteínas completas, carne e produtos lácteos as mais altas na escala de VB. A seguir está uma lista de top 3 proteínas em VB de fontes de proteína mais comuns para atletas e esportistas.

  1. Whey Protein (VB 100+)
  2. Ovos (VB 100)
  3. Lacticínios, carne, peixe, aves (VB 7-10)

Infelizmente, grãos, vegetais e nozes, sendo proteínas incompletas, possuem um VB em torno de 70. Embora eles ainda contribuam com certa quantidade de proteínas úteis ao organismo, uma fonte de proteína com baixo VB não será usada de forma eficaz pelo corpo para construir músculos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A importância dos Sais Minerais

Os minerais são nutrientes com função plástica e reguladora do organismo. Eles são tão importantes quanto às vitaminas e, sem eles, o nosso organismo não realiza, de forma eficaz, as funções metabólicas. Dos 28 minerais existentes, apenas 12 são essenciais e podem ser divididos em dois grupos, de acordo com a sua necessidade diária:

Macrominerais: são aqueles cuja necessidade diária é maior que 100 mg. Suas funções principais estão ligadas à estrutura e formação dos ossos, regulação dos flúidos corporais e secreções digestivas. Ex: cálcio, fósforo, magnésio, cloreto, sódio e potássio.
Microminerais ou elementos traço: são aqueles que possuem necessidade inferior a 100 mg por dia, como é o caso do ferro, zinco, selênio, cobre, iodo e manganês. As funções destes minerais estão relacionadas à reações bioquímicas, ao sistema imunológico e ação antioxidante.


Macrominerais:
Cálcio: é o mineral mais abundante no organismo. Cerca de 99% está presente nos ossos e dentes, o restante se encontra nos tecidos. Ele atua em equilíbrio com o fósforo e é fundamental para a manutenção do tecido ósseo. Participa da regulação da pressão arterial, coagulação sanguínea, contração muscular, secreção hormonal, transmissão nervosa e, junto com o fósforo, formam a estrutura de várias enzimas. É um mineral bem distribuído entre alimentos de origem animal e vegetal, no entanto, o cálcio de fontes vegetais sofre a ação de substâncias como o oxalato e o fitato que, reduzem sua absorção, sendo o cálcio de fontes animais mais prontamente disponível.
Para que haja a absorção do cálcio, é primordial que haja também a presença da vitamina D.
Carência: deformação óssea, osteoporose, fraturas, fraqueza muscular.
Excesso: cálculo renal, insuficiência renal.
Fontes: leites e derivados, cereais integrais, castanhas, soja e derivados, vegetais verde-escuros.
Fósforo: assim como o cálcio, é vital para a construção de ossos e dentes fortes. Compõe a estrutura das células e é importante em muitas reações bioquímicas, como no metabolismo energético. As quantidades de fósforo e cálcio precisam estar em equilíbrio entre si para que exerçam suas funções.
Carência: não ocorre em situações normais já que é encontrado na maioria dos alimentos, mas, em casos isolados, sua carência pode causar fraturas e atrofia muscular.
Excesso: interfere na absorção do cálcio, aumenta a porosidade dos óssos.
Fontes: leites e derivados, cereais integrais, leguminosas, carnes, (refrigerantes).
Magnésio: participa na formação dos ossos e dentes, é fundamental na contração e relaxamento muscular, participa ainda do sistema imunológico, na formação de anticorpos e na ativação de diversas enzimas.
Carência: fraqueza, hipertensão, aumento da sensibilidade térmica.
Excesso: não são comuns efeitos adversos, mas pode causar diarréia.
Fontes: leites e derivados, castanhas, vegetais verde-escuros, frutas cítricas, chocolate amargo.
Cloreto: importante mineral envolvido no processo digestivo. É necessário para a produção de suco gástrico e enzimas. Normalmente encontra-se em equilíbrio com o sódio e o potássio.
Carência: -
Excesso: -
Fontes: sal de cozinha, alimentos processados, fontes de sódio e de potássio.
Sódio: juntamente com o potássio regula o equilíbrio hídrico do organismo. Influencia a condução dos impulsos nervosos, contrações musculares e pressão arterial.
Carência: câimbras, desidratação, tonturas e hipotensão arterial.
Excesso: pressão alta, ataque cardíaco, aumento da perda de cálcio.
Fontes: sal de cozinha, alimentos processados, carnes defumadas, etc.
Potássio: associado com o sódio, atua no balanço hídrico do organismo,transporta corrente elétrica, atua na transmissão de impulsos nervosos, mantém a freqüência cardíaca e pressão arterial normais.
Carência: reduz a atividade muscular, inclusive do miocárdio.
Excesso: -
Fontes: frutas, verduras, leite e derivados.


Microminerais ou elementos traço:
Ferro: é um dos componentes da hemoglobina dos glóbulos vermelhos. É essencial para o transporte de oxigênio para o corpo. Apesar de suas exigências serem pequenas é muito importante o consumo de alimentos fonte, lembrando que as mulheres necessitam, em média, duas vezes mais ferro na dieta do que os homens. É um mineral amplamente distribuído entre fontes animais e vegetais, mas existem diferenças na disponibilidade de ambos. O ferro de origem animal, conhecido como ferro-heme, é absorvido de forma mais fácil que o ferro não-heme. O não-heme depende da presença na dieta da vitamina C para uma melhor absorção.
Carência: quantidade reduzida de oxigênio para os tecidos, anemia, fadiga.
Excesso: é tóxico em grandes quantidades; provoca distúrbios gastrintestinais.
Fontes: carnes, miúdos, gema de ovos, leguminosas e cereais integrais.
Zinco: é vital para o crescimento e desenvolvimento do organismo. Regula o desenvolvimento sexual, a produção de insulina, o sistema imune e ação antioxidante.
Carência: não é comum em jovens, mas acontece em idosos. Afeta o crescimento normal, deprime o sistema imunológico, baixa a libido, reduz a produção de esperma, perda do paladar e do olfato.
Excesso: reduz a absorção e quantidade de cobre no organismo.
Fontes: carnes, frutos do mar, ovos, leguminosas e castanhas.
Selênio: age em conjunto com a vitamina E como um potente antioxidante, combatendo a atividade dos radicais livres. Tem ação de proteção contra o câncer e é essencial para a função normal da tireóide.
Carência: é rara, mas pode contribuir para doenças cardíacas, disfunção da tireóide e depressão do sistema imune.
Excesso: é o mineral mais tóxico dos presentes na dieta. A ingestão de doses altas promove a perda de cabelo, unhas e dentes.
Fontes: castanhas, miúdos, frutos do mar e cereais integrais.
Cobre: é necessário para a formação da hemoglobina e de enzimas que participam do metabolismo do ferro. Possui ainda ação antioxidante.
Carência: diminui a absorção do ferro pelo organismo.
Excesso: é danoso para o fígado e pode causar diarréia.
Fontes: miúdos, frutos do mar, cereais integrais e vegetais verde-escuros.
Iodo: é utilizado na formação dos hormônios da tireóide, necessário na regulação do crescimento e desenvolvimento do corpo.
Carência: pode resultar em bócio.
Excesso: aumenta a concentração do TSH (hormônio estimulante da tireóide).
Fontes: sal iodado, produtos marinhos.
Manganês: é importante para a produção de algumas enzimas, participa da formação de ossos e tendões e possui ação antioxidante.
Carência: é extremamente rara.
Excesso: neurotoxicidade
Fontes: Cereais integrais, castanhas e frutas.


Outros elementos:
Ainda existem outros elementos como o silício, boro, vanádio, estanho, ouro, arsênico, níquel, lítio, germânio, etc, que podem participar de algumas funções metabólicas no organismo. Embora, não se saiba exatamente como isto acontece. Estes outros elementos não são considerados essenciais.

Funções gerais dos minerais:
  • Estrutura óssea e dentária;
  • Regulamento do balanço hídrico, ácido-base e pressão osmótica;
  • Excitabilidade do nervo, contração muscular, transporte;
  • Sistema imune, antioxidante.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desculpas esfarrapadas: Sou velho demais para entrar em forma !

Na terceira idade, a preguiça às vezes impera a vida das pessoas. Muitos só de imaginar a situação deles em um programa de atividades já desistem da ideia. O que muitos não consideram é o fato de os problemas de saúde não acontecerem de um dia para o outro. Normalmente eles já estão acontecendo. Um pouquinho todos os dias e quando chega ao ponto de percebermos, ele já está fora de controle.
Não permita que isso aconteça com você. Seja ativo e tome as rédeas de sua vida. Procure um bom local, que forneça uma boa estrutura e inicie, o mais breve possível, seus exercícios.
Vejam alguns motivos para se exercitar:

Sarcopenia (perda de músculo): A partir dos 25 anos de idade (final da puberdade), começa-se a perder músculo, à taxa de 0,5 % ao ano até a idade de 60 anos.  Após 60 anos, esta taxa pode chegar a 1% ao ano.   Isto é relevante não apenas do ponto de vista da perda de tônus muscular, mas também da perda de força, flexibilidade e redução da taxa metabólica basal.

Osteopenia (perda de massa óssea):  Se não for tratada, pode levar à osteoporose. Um dos tratamentos mais eficazes para qualquer tipo de perda óssea é o treinamento de força.  Existe um conceito conhecido como “Lei de Wolff” que se mostra como a única forma eficaz de reverter ou pelo menos prevenir,  a perda óssea.  Ele fala da necessidade de tensão e resistência colocadas sobre os ossos.  Para que estes obtenham benefícios, porém, bastante carga deve ser colocada sobre eles. Sendo assim, a musculação é o exercício mais indicado para os idosos, sendo exercícios como agachamento os que apresentam o maior benefício.

Perda de força e flexibilidade: Há algum tempo minha avó vem se empenhando nos exercícios e nada me deixa mais feliz do que vê-la dizer o quanto está se sentindo mais forte e melhor.  De repente, as atividades cotidianas, como a possibilidade de descer e subir escadas volta  a ser fácil.  Quanto à flexibilidade com a idade, esta rapidamente se perde.  Para evitar isso e melhorar a força, você tem que levantar pesos.  No entanto, é necessário ter progressão, ou seja, você deve aumentar a carga sempre que esta estiver fácil.

Então, mais uma vez, uma das melhores formas de cuidados preventivos é o treinamento da força.  Há muitas, muitas vantagens em realizá-lo. Naturalmente, é mais fácil começar quando se é jovem, mas em qualquer idade pode-se começar e obter grandes benefícios.
Além disto, se exercitando você ainda previne doenças, vive mais, apresenta menos desconforto, dorme melhor, perde gordura com mais saúde, reduz quadros de depressão, promove a manutenção da capacidade física, ganha independência e aumenta sua taxa metabólica.

Não diga que está velho demais para isso e não perca tempo. Comece já, pois velha é esta desculpa!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aeróbio... antes ou depois da musculação?

Quantas vezes você já ficou na dúvida quanto o melhor momento para realizar o treino aeróbio (esteira, bicicleta, eliptico, etc)? Antes da musculação, ou não? Antigamente eu também tive esta dúvida e muitos de meus pacientes me perguntam o que eles devem fazer. Não existe um consenso entre os instrutores e educadores físicos, mas olhando pela nutrição, acredito que o correto é deixar para correr depois da musculação.
Vamos pensar um pouco como nutricionista: Qual é a fonte principal de energia do seu corpo?
A nossa fonte principal de energia é a glicose. Durante o exercício cardiovascular, estamos realizando uma atividade aeróbia onde, para realizá-la, o nosso corpo não queima apenas gordura, mas também a glicose, que é armazenada nos músculos como glicogênio. Durante o exercício nós aumentamos a necessidade de energia rápida. A gordura é utilizada de forma lenta e progressiva. Logo a glicose também tem participação no gasto energético do exercício aeróbio.
Na musculação, nós utilizamos o glicogênio como combustível de forma anaeróbia. Assim, se nós gastarmos toda a reserva de glicogênio durante o exercício aeróbio, vamos prejudicar o desempenho durante o exercício de musculação. Os carboidratos podem se tornar disponíveis bem rápido à partir do glicogênio, gorduras ou proteínas. Então, qual a fonte mais fácil e disponível  de proteínas do corpo humano? Resposta: músculos. Podemos começar a perder massa muscular.
Nosso corpo pode começar a utilizar as proteínas musculares como fonte de energia (como último recurso), quebrando estas proteínas em aminoácidos que seram trasnformados em glicose (esse processo se chama gliconeogênese). Como a musculação é anaeróbia (sem uso de oxigênio), ela não pode usar a gordura como fonte de energia. Como resultado, ocorre a perda de proteína muscular e redução da taxa de metabolismo. Por fim, perda de massa magra e redução do metabolismo interfere diretamente na queima de gordura, já que, com uma necessidade energética menor, é mais difícil para o corpo se desfazer desuas reservas. Assim, se queremos queimar mais calorias e gorduras, então devemos preservar nossa massa muscular.
Como disse não há consenso, mas nutricionalmente faz muito mais sentido realizar as atividades aeróbias após o treinamento anaeróbio.
Não confundam u exercício cardiovascular de aquecimento antes do treino com atividade aeróbia. Em uma intensidade moderada entre 5-10 minutos, não há prejuízo para o sistema enegético. O período de aquecimento é tão curto e de intensidade tranquila que, não irá esgotar suas reservas de glicogênio.

Até mais....

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Beba água antes das refeições e elimine mais peso.




Quem vive sem água? Este item primordial, mais importante que qualquer alimento, participa de quase todos os tipos de organismos vivos do planeta. No corpo humano ela representa praticamente 65% da massa e participa efetivamente das funções de todos os órgãos e tecidos. Por isto, manter o corpo hidratado é fundamental para mantermos o metabolismo em pleno funcionamento.
Muitos pacientes não bebem água de forma suficiente. Muitos nem bebem e não sabem os prejuízos que estão carregando consigo por está má prática.
Criar este hábito pode ser complicado, pois muitas pessoas nem mesmo sentem sede e só bebem água quando apresentam este sintoma. No entanto, não é necessário sentir sede para beber água. Na verdade, a sede é tardia à desidratação. Devemos beber água a todo momento, pequenos goles de cada vez.
Uma boa quantidade são 2L/dia ou 8 a 10 copos por dia.
Pra convencer meus pacientes, eu costumo sugerir que: sempre que eles forem ao toalete eliminar água, logo em seguida, reponham bebendo um copo de água. Assim, por beber mais, será necessário ir mais vezes ao banheiro eliminar, tornando isto uma "bola de neve".
Mas se eu ainda não havia conseguido convencer meus pacientes do quanto é importante beber água, acho que com este argumento que tenho agora, não há quem não beba.
BEBA ÁGUA ANTES DAS REFEIÇÕES E AUMENTE EM 40% A REDUÇÃO DE PESO.

Será? É isso mesmo que vocês estão lendo. 40% em média. É isso que diz a Dra. Brenda Davy, pesquisadora da Universidade Virginia Tech em Blacksburg , Virginia; no estudo Water Consumption Increases Weight Loss During a Hypocaloric Diet Intervention in Middle-aged and Older Adults. No
estudo,  Davy e sua equipe viram que idosos e pessoas de meia-idade consomem entre 75 e 90 menos calorias por refeição, quando bebiam dois copos de água antes de começarem a comer.
Apesar de haver muitos relatos sobre a influência da ingestão de água na perda de peso, nunca havia tido um estudo controlado que comprovasse a hipótese, sendo este o primeiro.

Para o estudo, Davy e colegas registraram 48 adultos com idades entre 55-75 anos e distribuídos aleatoriamente para cada um dos dois grupos: os que bebem água e os que não bebem. Os membros do grupo "bebem", beberam dois copos de 240mL da água um pouco antes de começaram a comer cada refeição, enquanto que os membros do grupo "não bebem" não beberam nada. Um copo de 240 mL é um pouco menos de um quarto de litro ( 237 mL). Ambos os grupos consumiram uma dieta de baixas calorias durante as 12 semanas do estudo. Durante este período, os do grupo "bebem" perderam uma média de 7 kg, enquanto que os do grupo "não bebem" perderam 5 kg.

 Eu vejo este estudo com muito carinho, pois acho que a água é um alimento barato, de fácil acesso e cuja importância para o organismo é indiscutível. Ela ajuda a eliminar mais peso, pois  água não tem calorias. Ela é realmente "Zero", mas apesar disso ela ocupa espaço no estômago e assim não conseguimos comer a mesma quantidade de alimentos que comeríamos antes. Outra influência da água e da ausência de calorias é que as outras bebidas que tomamos para acompanhar alimentos, como sucos ou refrigerantes tem calorias e estas, utilizadas frequentemente acabam influenciando muito na quantidade de calorias que se ingere em uma semana ou um mês. Tomando água, não haverão estas calorias extras.
No entanto, beber água demais pode ser perigoso e resulta em uma condição rara, mas grave, chamada de intoxicação hídrica.

Quem quiser ler o artigo na íntegra, baixe-o AQUI

Até mais

Referências:
RUBI, M. Drinking 2 cups of water before meals on a diet leads to 40 percent more weight loss. In Examiner.com. Disponível em: http://www.examiner.com/extreme-weight-loss-in-national/drinking-2-cups-of-water-before-meals-on-a-diet-leads-to-40-percent-more-weight-loss

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Como conquistar a adesão do paciente a um programa de redução de peso?

A maioria dos programas de redução de peso tenta motivar os pacientes apresentando os riscos derivados do peso excessivo como: aumento do risco de câncer, diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, etc. No entanto, novos estudos sugerem que redução da dor é um motivo que surte muito mais efeito no que diz respeito à adesão de pacientes obesos à programas de redução de peso.
Na maioria das vezes é difícil para o paciente entender os riscos que ele está correndo, já que estes fatos não são perceptíveis, pois muitos sintomas são silenciosos.

Um estudo realizado na Universidade de Cincinnati descobriu que os pacientes que conseguiam reduzir o peso, sentiam cerca de 30% menos dor nos membros inferiores. Eles ainda verificaram que mesmo uma pequena redução do peso total pode aliviar a dor e reduzir a carga excessiva sobre os músculos.

Ao se concentrar em um benefício imediato, que pode ser sentido pelos pacientes, como a redução da dor, ao invés dos impactos futuros à saúde causados pela obesidade, os programas de redução de peso se mostram bem mais atrativos à adesão dos pacientes.

A obesidade é uma crise de saúde mundial, mas os pacientes obesos que cumprem os programas de redução de peso são poucos. Muitos começam, mas poucos levam a sério e desistem no meio do percurso.

Será que não seria a hora de repensar o modo como se estruturam estes programas?

Referências:
DAVIS, K.G., KOTOWSKI, S. E. - Influence of weight loss on musculoskeletal pain: Potential short-term relevance. - Work: A Journal of Prevention, Assessment and Rehabilitation, v36, n3, 2010. Disponível em: http://iospress.metapress.com/content/b350p1g3l1414411/

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Consumo de chocolate e menores riscos de insuficiência cardíaca.

Um novo estudo, publicado na Circulation: Heart Failure, um jornal da American Heart Association, descobriu que mulheres suecas de meia idade e idosas, que comeram regularmente uma pequena quantidade de chocolate tinham menores riscos de riscos de insuficiência cardíaca.


Uma notícia interessante para aquelas pessoas que não vivem sem um pedacinho de chocolate. Acreditem se quiserem, mas o chocolate, realmente, faz bem. Um estudo de nove anos, publicado ontem no Journal of American Hearth Association e realizado com 31.823 mulheres suecas idosas e de meia idade, observou uma relação entre consumo de chocolate de alta qualidade e risco de insuficiência cardíaca.
Já há algum tempo, se sabe dos benefícios do consumo moderado de chocolate, no entanto, todos os estudos anteriores, que davam embasamento científico para estas afirmações, eram de curto prazo, sendo este o estudo mais longo já realizado.
O chocolate transmite sensação de prazer, promove bem-estar e alivia a tensão. O responsável por isso é uma substância chamada feniletilamina, que estimula a produção da serotonina, que atua no cérebro junto às emoções.
Muita gente ainda crê que o consumo de chocolate aumenta a incidência de acnes, no entanto, um estudo realizado no Departamento de Dermatologia da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia provou que esta relação não existe.
A qualidade do chocolate consumido pelas mulheres suecas possuía um maior teor de cacau e densidade relativa ao chocolate meio amargo para os padrões americanos. O chocolate amargo possui uma maior concentração de flavonóides que são compostos químicos com várias funções nutricionais diferentes, no caso do estudo, eles atuam como fator de proteção para o coração.
Neste estudo, os pesquisadores perceberam que:
  •     As mulheres que consumiram uma média de 1-2 porções de chocolate de alta qualidade por semana tiveram um risco 32 % menor de desenvolver insuficiência cardíaca.
  •     Aquelas que consumiram 1-3 porções por mês tiveram um risco 26 % menor.
  •     Aquelas que consumiram pelo menos 1 porção por dia ou mais, não pareceram se beneficiar de efeito protetor contra a insuficiência cardíaca.
Apesar deste estudo apresentar benefícios do consumo do chocolate, vale lembrar que a quantidade consumida pelas suecas foi pequena. Variou de 19 a 30g. E seu consumo diário não apresentou benefício. Este só ocorreu quando o chocolate era consumido em poucos (2) dias por semana. Ou seja, não adianta nada agora usar estas informações como desculpa para comer chocolate todo dia e em quantidades maiores.
O excesso de chocolate aumenta a chance de ganhar peso e gordura localizada.
E ainda, se você gosta de chocolate mas não tolera o tipo amargo, não haverá benefício algum, pois no chocolate ao leite, uma parte da massa de cacau é substituída por leite.
Ganha-se em sabor, pois fica mais gostoso, mas perde-se em benefício à saúde, pois como mostra o estudo, o chocolate consumido pelas suecas havia uma maior concentração de cacau, ou seja, era do tipo amargo.

Caso você tenha interesse em ler o estudo completo, baixe o PDF aqui.
Até mais...

Referências:
MOSTOFSKY,  E. et al - Chocolate Intake and Incidence of Heart Failure: A Population-Based, Prospective Study of Middle-Aged and Elderly Women. Circulation Heart Failure, Am Heart J, 2010.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Suplementos de Proteína Importados: Tome cuidado!

Tomar suplementos de proteínas sem orientação não vale o risco. Muitas pessoas caem na conversa de salão de academia sobre as bebidas ou shakes de proteína: "Use esta shake de proteína para ficar mais forte e queimar gordura mais rapidamente". Parece ótimo, não é? E se um pouco de tudo isto é bom para você, então muito deve ser bem melhor! Certo? Ou errado?

De bodybuilders profissionais e adolescentes, com o objetivo de aumentar ganhar uma vaga  no time de futebol até mulheres que tentam perder peso e mães ocupadas tentando salvar alguns minutos do dia, acreditam que estes suplementos protéicos são 100% seguros.

Segundo a edição de julho 2010 da revista Consumer Reports, metais pesados tóxicos foram encontrados em níveis alarmantes em muitas das marcas de suplementos protéicos vendidos nos EUA. Estes metais pesados tóxicos incluem o mercúrio, chumbo, cádmio, e até arsênico. Veja na tabela abaixo os produtos testados pela Consumer Reports e os níveis de metais pesados encontrados nas mesmas.

Ingestão excessiva de chumbo (também conhecido como envenenamento por chumbo) tem muitos efeitos colaterais graves, incluindo danos ao coração, ossos, intestino, rins e outros, incluindo os órgãos reprodutivos. Envenenamento por mercúrio causa danos ao cérebro, rins e pulmões. O Cádmio "não tem propósito construtivo no corpo humano", e segundo a Wikipédia, é extremamente tóxico mesmo em quantidades muito pequenas. O envenenamento por arsênico tem uma história longa como um dos mais conhecidos venenos.

Em qualquer caso, os riscos impostos por estas toxinas inesperadas fazem o uso inapropriado de suplementos de proteína não compensar o risco. O fato é que a maioria das pessoas ingerem muito mais proteína do que precisam.

Além disso, os riscos associados a estes metais pesados são particularmente graves quando em organismos em fase de desenvolvimento (como as crianças em crescimento, bebês e fetos). A ingestão de metais pesados tóxicos pelas mães grávidas serão repassados para os bebês.

Se fora do Brasil está dessa forma, imagina aqui onde a legislação não é tão estruturada?

Para perder peso e ganhar saúde, o caminho não deve incluir suplementos de proteína a menos que especificamente orientado por seu médico ou profissional de saúde. Não brinque com a vida.

Referências:
 http://www.consumerreports.org/cro/magazine-archive/2010/july/food/protein-drinks/whats-in-your-protein-drink/index.htm

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As estatísticas assustadoras (e gordurosas) atrás da pipoca de cinema

Nunca gostei de pipoca. Tenho um certo asco pelo cheiro e sofro bastante quando vou ver um filme em cartaz.
Não tenho uma explicação para o que acontece comigo, pois desde pequeno sou assim, mas agora tenho mais motivos para detestar ainda mais as pipocas no cinema.
Segundo uma pesquisa realizada nos EUA, Center for Science in the Public Interest, as pipocas servidas nos cinemas são carregadas de calorias e gordura saturada que entopem artérias.
As pipocas comparadas foram adquiridas nas 3 maiores redes de cinema americanas. Os pacotes eram pequenos e sem manteiga. Você vai ficar surpreso com as diferenças, apesar de, na teoria, todas possuírem o mesmo tamanho. Veja as estátisticas:
  • Regal : 670 calorias, 34 gramas de gordura saturada.
  • AMC : 370 calorias, 20 gramas de gordura saturada.
  • Cinemark : 420 calorias , 2 gramas de gordura saturada.
Muita gente é incapaz de ver um filme sem comer seu baldão de pipoca. Pois está aí um bom motivo para não comer.
E tem gente que ainda pede coca zero achando que tá fazendo vantagem.
Aff....

Imagens:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwqwH96FLsYCLyDXOvH8ipdrDyBibUOK04pM4SzfPT8nAuo8Ql5jfvUxJaNbgGbb1TQY1I-cJfPSRvz868og5Dkro6kpnGA0F9bkPVgJs_hyphenhyphenN3u3VBjp6q8IJxorOBsIS7tYEsDyGWf4Kf/s1600/popcorn.jpg
http://aldericoalvares.blog.uol.com.br/images/cinema.jpg

Quais são os alimentos de baixo índice glicêmico?

Comer alimentos de baixo índice glicêmico é algo novo na nutrição - provavelmente nos últimos 25 anos.

Uma dieta de baixa glicemia ajuda a muitas coisas - de açúcar no sangue, saciedade , perda de peso e agora , talvez, o câncer de mama .

Então, quais são alguns alimentos com baixo índice glicêmico? Normalmente eles são alimentos integrais.

O arroz integral ao invés de arroz branco, pão de trigo integral em vez de pão branco , macarrão de trigo integral em vez de massa branca regular.

Esses são os carboidratos ricos em amido . Não. Os carboidratos amiláceos carbs (folhosos) também são muito mais baixos no índice glicêmico. Amendoim também é um alimento de baixo índice glicêmico. E amendoim M&M's também têm uma menor carga glicêmica? Claro que não. M&M's não vale, pois tem uma grossa camada de doce neles, além de nunca poder ser parte de uma dieta sensata.
Adicionando algo como amendoins ou proteína magra aos carnoidratos pode-se baixar a carga glicêmica de uma refeição. Então, em vez de um lanche composto de apenas uma fruta, algo como uma fruta e um iogurte light natural seria uma aposta melhor e de índice glicêmico mais baixo.

Abaixo estão alguns alimentos de baixo índice glicêmico . Uma grande lista pode ser encontrada aqui

  • Alcachofra <15
  • Espargos <15
  • Brocolis <15
  • Couve-flor <15
  • Aipo <15
  • Pepino <15
  • Berinjela <15
  • Vagem <15
  • Alface, todas as variedades <15
  • Iogurte de baixo teor de gordura <15
  • Amendoim <15
  • Pimenta , todas as variedades <15
  • Ervilhas in natura <15
  • Espinafre <15
  • Abobrinha <15
  • Tomate 15
  • Cereja 22
  • Ervilhas secas 22
  • Ameixa 24
  • Grapefruit 25
  • Pêssego 28
  • Pêssego em calda 30
  • Leite de soja 30
  • Suco natural 31
  • Damascos secos 31
  • Leite desnatado 32
  • Fettuccine 32
  • Iogurte de baixo teor de gordura açúcar , adoçado 33
  • Maçã 36
  • Pêra 36
  • Espaguete 37
  • Cenoura, cozida 39
  • Snickers bar 40 
Imagens:
http://www.nolatrainer.com/wp-content/uploads/2010/06/low-Gylcemic-choc.jpg
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Princípios de uma alimentação equilibrada

Dietas e planos alimentares se tornaram um experimento científico para muitas pessoas ao longo dos últimos anos. Com a nova "moda" e dietas que aparecem semana após semana, ano após ano, muitas pessoas não têm idéia de como comer. A parte mais importante de manter hábitos alimentares saudáveis é compreender os princípios básicos de nutrição.

Em primeiro lugar, entender que não importa qual é o objetivo, perda de peso, ganho, ou simplesmente tonificação, tudo gira em torno de uma coisa; calorias! É muito simples. Há 3500 calorias em meio quilo de gordura. Para perder peso, uma pessoa deve comer menos do que ela gasta. Se querem ganhar peso, a pessoa deve ter mais calorias do que queima. Isto se chama Balanço Energético. Por exemplo, se uma pessoa está queimando uma média de 2.500 calorias por dia, e quer perder meio quilo em uma semana, eles devem comer 2000 calorias por dia. Ela teria um déficit de 500 calorias por dia, e um déficit calórico de 3500 calorias até o final da semana.

O próximo passo é entender o que são os macronutrientes, e como eles são utilizados no organismo. Existem três macronutrientes básicos, proteínas, carboidratos e gorduras. Cada um tem uma finalidade e é necessário manter hábitos alimentares saudáveis. Os carboidratos vão ser a maioria dos alimentos de uma pessoa. Estes variam entre 50-70% das calorias diárias consumidas. Estes são utilizados como fonte primária de energia e devem ser consumidos durante todo o dia como uma parte de cada refeição. As proteínas vão ser utilizadas principalmente para o suporte do tecido muscular, ajudando-o a se construir e reparar. A proteína é o combustível para os músculos do corpo humano. O macronutriente mais "aterrorizante", de acordo com a maioria das dietas de hoje, é a gordura. Gordura tem numerosos efeitos no organismo. Ela é principalmente  utilizada para reserva de energia e isolamento. A gordura pode também ser utilizado para o funcionamento do cérebro em baixas de glicose, bem como de uma fonte de energia de reserva. Carboidratos, proteínas e gorduras precisam fazer parte da ingestão diária de alimentos a todos. Mas no geral, tudo volta a um fato - equilíbrio.

Até mais....

O ganho de massa muscular não exige levantamento de pesos pesados, diz estudo.

Exercícios de carga baixa e alto volume são mais eficazes na indução do anabolismo muscular que exercícios de alta carga e baixo volume.

 Um fato comum e considerado quase como uma regra básica da musculação é: "para construir massa muscular você precisa levantar pesos pesados". No entanto, um novo estudo realizado na Universidade McMaster revelou que é possivel obter um grau similar de fortalecimento muscular usando pesos leves. O segredo é realizar o exercício até chegar a fadiga muscular.

Os resultados estão publicados na revista PLoS ONE.

"Ao invés de sofrer para levantar pesos pesados, você pode pegar algo mais leve, mas você tem que levantar até que você não possa levantá-lo mais", diz Stuart Phillips, professor associado de cinesiologia na Universidade McMaster. "Estamos convencidos de que o crescimento muscular significa estimular o tecido muscular a desenvolver proteínas para um músculo novo, um processo que em pouco tempo acumula músculos maiores no corpo."

Phillips elogiou o autor sênior e Ph.D., estudante, Nicholas Burd por planejar o projeto, mostrando que realmente não é o peso que você levanta, mas o fato de você levar o músculo à fadiga completa que é o ponto chave na construção muscular. O estudo usou pesos leves, representando uma porcentagem do que os sujeitos poderiam levantar. Os pesos pesados foram ajustados para 90% de 1RM (repetição máxima) e os pesos leves em apenas 30% daquilo que as pessoas podiam erguer (1RM). "É um peso muito leve", diz Phillips. Nota-se que 90-80% de 1RM, geralmente é algo que as pessoas podem levantar de 5-10 vezes antes de fadiga. Já 30% da carga máxima, os indivíduos podem levantar pelo menos 24 vezes antes que sintam cansaço.

"Estamos animados para ver onde este novo paradigma vai chegar", disse Phillips, acrescentando que esses novos dados têm um significado prático para os esportistas, mas ainda mais importante para as pessoas com a massa muscular esquelética comprometida, como idosos, pacientes com câncer, ou aqueles que estão se recuperando de algum trauma.


Os detalhes do estudo vocês podem ver na íntegra, acesse: http://www.plosone.org ou a versão completa em PDF: aqui


Até mais....

Referências:
BURD, N. et al. Low-Volume de Carga de Alta Resistência exercício estimula Muscle Protein Synthesis More Than High Load-Volume Low Resistance Exercise em Young Men. PLoS ONE, 2010.

domingo, 8 de agosto de 2010

Grandes mitos sobre alimentação: Os carboidratos são ruins para você

Vamos falar sério, essa falácia começou à alguns anos quando surgiu a dieta Atkins, uma das formas de emagrecimento mais utilizadas pelas pessoas hoje em dia, a maioria sem orientação correta. Constantemente, ouço as pessoas dizer que tentam evitar carboidratos. No entanto, para emagrecer não é necessário, e nem saudável fazê-lo sem orientação, cortar os carboidratos. Se houver um balanço correto, de acordo com o objetivo de cada paciente, entre os macronutrientes, o emagrecimento acontece de forma natural.

Antes de tudo , deixe-me começar dizendo: Você precisa de carboidratos. Os carboidratos são a sua principal fonte de energia. Sem carboidratos , seu corpo vai começar a fazer algumas coisas malucas para que você mantenha as atividades do seu corpo, passando a utilizar formas alternativas de energia.

Carboidratos estão nas frutas, vegetais , grãos e nozes.
Você pensa que as frutas e legumes são ruins para você? Também grãos integrais como aveia , nozes e amêndoas? Estes são os alimentos que têm muita fibra, vitaminas, minerais, fitonutrientes e antioxidantes. Eles são bons para você! Você deve comer frutas pelo menos 2 vezes e legumes 3 vezes por dia por dia, (quanto mais variadas, melhor ). Você deve comer ainda cereais integrais , pelo menos, três vezes por dia.

Evite carboidratos processados .
O problema com os hidratos de carbono é o que fazemos com eles. Eles são despojados de suas fibras e de seus nutrientes, e no lugar adicionam corantes, açúcar, por vezes, gordura, sódio, e todos os tipos de coisas loucas e depois são colocados em uma caixa , uma garrafa , embalagem de plástico, etc. Em outras palavras, transformam um alimento útil em um lixo gastronômico. Como resultado, o índice glicêmico deste tipo de carboidratos é altíssimo.

Qual é o índice glicêmico ?
O índice glicêmico é basicamente um sistema de valor com base em uma escala de 0-100. Carboidratos com alto IG liberam glicose com muito mais facilidade do que aqueles que são de baixo índice glicêmico . Assim , comer carboidratos de alto IG (perto de 100) como um saco de biscoitos recheados (ou outro lixo alimentar) podem elevar o açúcar no sangue mais rápido, que por sua vez faz com que haja um aumento repentino de insulina que tentará eliminar este açucar do sangue muito rápido, podendo causar um efeito conhecido como hipoglicemia de rebote. Como resultado, você começa a se sentir tonto, levando você a comer outro lanche para se sentir normal.

Carboidratos energia para seu cérebro e seus músculos. Você precisa de carboidratos para alimentar o cérebro. É a única fonte de combustível que o cérebro usa . A única exceção é um produto derivado da gordura chamado de corpos cetônicos por um processo chamado cetose (esta é a premissa por trás da dieta Atkins). Seu corpo só usa os corpos cetônicos , como último recurso e é ineficiente. É algo como tentar o uso de álcool combustível para seu carro movido a gasolina. Funciona, mas à duras penas para o motor.

Carboidratos protegem as proteínas. Sem a ingestão de carboidratos , seu corpo começará a quebrar as proteínas musculares tornando seu corpo fraco. Por quê? Você precisa de glicose para o combustível dos músculos e outros tecidos. Com exceção do cérebro , músculos são o tecido metabolicamente mais ativa no corpo. Quando você perde músculo, você diminui o seu metabolismo. Em outras palavras, você dificulta cada vez mais a queima de gordura quando perde músculo.

O efeito térmico dos alimentos . Você normalmente utiliza uma certa quantidade de calorias apenas para fazer a digestão. Os alimentos que requerem mais energia implicam um maior gasto calórico. AS proteínas e os ácidos graxos são os que mais gastam energia na digestão. Já os carboidratos que são ricos em fibras são os que têm o maior efeito térmico. Normalmente, estes são também os carboidratos de baixo IG. Tais como frutas, legumes , grãos e nozes.

Então, é isto . Carboidratos são bons para você . Um dos erros do mito do "low carb", e que existe em quase todos os seus programas é o fato deles não incluirem  o exercício como uma parte da equação para se perder peso. Em vez de começar este tipo de dieta, com imediatismos e mínimo de exforço, seja ativo e mude seu estilo de vida. Correções urgentes nunca funcionam a longo prazo e, geralmente, fazem a sua situação pior.

Até mais...

Imagens:
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sábado, 7 de agosto de 2010

Musculação e à importância do arroz na dieta

Toda vez que se fala em dieta, logo vem à mente o emagrecimento. Normalmente, o carboidrato é dito o vilão do emagrecimento e o leigo, como primeira medida, tende a cortá-lo de seu dia-a-dia. Acontece que os carboidratos são nossa principal fonte energética e eliminá-los não pode ser assim a qualquer custo.

Antes de parar de comer carboidratos é preciso saber se esta medida é realmente necessária.

Mas hoje não quero falar de emagrecimento e sim do ganho de massa. O arroz é importante para quem quer ganhar massa? Qual escolher? Branco Tipo 1? Integral?

Vamos separar os dois mais comuns: o arroz tipo 1 e o integral.

O Tipo 1, também conhecido como "Branco", antes de ser processado contém fibras e outros nutrientes nas camadas exteriores, mas estas são retiradas durante o processamento. A casca ou camada exterior é removida o que torna mais rápido cozinhar o arroz branco. As outras duas camadas de grãos contêm os ácidos graxos essenciais necessários para queimar calorias e proteger contra doenças cardíacas. Isso faz com que o arroz branco, quando convertido em glicose, entra na corrente sanguínea em um ritmo mais rápido, causando um aumento nos níveis de insulina que é um hormônio anabólico. Por esta razão, o arroz branco é muitas vezes o alimento de escolha dos bodybuilders como parte de uma refeição pós-treino. No entanto, o processo de moagem remove grande parte dos componentes do arroz branco. Não somente os ácidos graxos essenciais são destruídos, mas a fibra dietética, vitaminas B1, B3, B5, e também cerca de metade do manganês, fósforo e ferro.

Já o integral contém fibras. Ele também contém um maior valor nutricional e mineral, uma vez que preserva todas as vitaminas e proteínas do cereal quando cozido. Pode ainda ajudar na digestão de outros alimentos.

O arroz integral se quebra em glicose de uma forma mais lenta, pois ele contém todos os seus elementos e provoca um menor choque para o sistema quando chega à corrente sanguínea. Isso cria um benefício à saúde, pois evita aumentos bruscos e repentinos de insulina, evitando assim o acumulo de gorduras localizadas.

Mas então, qual escolher? Aumentar o não os níveis de insulina na corrente sanguínea?

Sabe-se que a insulina aumentada no pós-treino desempenha um papel benéfico a quem quer ganhar massa muscular, mas modular a velocidade com a qual esta insulina entra na corrente sanguínea é muito bom, pois evita excessos e possíveis acúmulos de gordura.

Assim, se você gosta do gosto de qualquer um dos dois tipos de arroz é importante saber como vai incorporá-lo à sua dieta regular. Muitas pessoas não gostam de arroz integral, uma vez que este tem um gosto e textura mais fibrosos. No entanto, tanto o arroz integral quanto o branco são uma ótima fonte de carboidratos. Aqui está uma ideia, se você gosta do sabor de um, mas quer os benefícios do outro, tente misturar os dois juntos. Isto fará com que haja a liberação de insulina para a corrente sanguínea de uma forma nem tão rápida, nem tão lenta, permanecendo estável por mais tempo. Para aqueles de vocês que amam o arroz branco, mas não gosta do sabor do arroz integral, ou vice-versa, isto pode ser uma boa forma de introduzir sabor e benefício à sua dieta.

Até breve...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A surpresa “Leucina”

A musculatura está em constante manutenção no nosso corpo. Enquanto jovens, esta manutenção ocorre com grande força e, à medida que o tempo passa e vamos ficando mais velhos, este processo de manutenção já não é mais tão eficiente.
Após os 40 anos, nós humanos, começamos a reduzir progressivamente nossa massa muscular. Ficando evidente então que é muito importante acumularmos uma boa quantidade de massa magra enquanto este processo ainda não foi prejudicado, à fim de chegarmos nesta idade e termos o menor prejuízo possível.
Para isto, exercícios físicos diários são fundamentais para se ganhar massa magra. Uma boa opção é a musculação. De todos é o mais eficiente neste fim.
Normalmente, antes e após as atividades intensas, recomenda-se o uso de: carboidratos para a manutenção das reservas de energia e proteínas no pós atividade para aumentar a síntese protéica.
O uso de carboidratos aumenta a energia antes da atividade física e pode até aumentar os estoques de energia de reserva, conhecida como “glicogênio”. Após o exercício, deve-se usar carboidratos para repor as perdas promovidas por ele e facilitar a recuperação muscular através da indução da síntese protéica.
A leucina é um aminoácido que nosso corpo não produz, por isto chamado essencial, e é muito presente no processo de síntese protéica.
A atividade física intensa altera o metabolismo de proteínas na musculatura aumentando a metabolização da leucina, havendo grande redução de sua concentração sanguinea.
Em um estudo de 2006, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, pesquisadores compararam o uso de carboidratos sozinhos e de uma mistura de carboidrato, proteína e leucina na indução da síntese protéica de homens jovens e idosos. Após realizar os testes, eles chegaram à conclusão que a leucina tem um papel muito importante na síntese de proteínas, pois a síntese foi cerca de 47% maior quando se usava a mistura, tanto nos jovens quanto nos idosos.  Isso é uma porcentagem muito grande. Usando a leucina, o carboidrato e a proteína em doses corretas, pode-se atingir resultados muito interessantes e em menor tempo. E ainda, não somente nos jovens, mas também nos idosos. O que é muito importante.
Esta afirmação mostra que escolher bem os componentes da sua dieta pode ser o grande diferencial que separa você de seu objetivo.

Faça uma alimentação bem balanceada e sempre busque a ajuda de um profissional.

Referências:
KOOPMAN, R. et al. Co-ingestion of protein and leucine stimulates muscle protein
synthesis rates to the same extent in young and elderly lean men. - Am J Clin Nutr 2006;84:623–32. 2006.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A verdade dos suplementos

O uso de suplementos alimentares cresce a cada dia e cada vez mais as pessoas se sentem atraidas pelas promessas de corpo perfeito e resultados rápidos.

Este crescimento exagerado acabou por tornar o mercado de suplementos alimentares uma verdadeira mina de ouro.

Antigamente, não existiam por aqui tantas empresas de suplementos como temos hoje. Acho que não chegava a dez. O consumo de suplementos era restrito quase à atletas, e pouco se via em academias ou uso por esportistas. Hoje, em qualquer esquina da cidade se encontra uma portinha aberta vendendo os mais variados suplementos.

Quem não quer uma "fórmula mágica"? Um produto que traga o máximo de resultados com o mínimo de esforço? Pois saibam que a máxima "No pain, no gain" nunca esteve tão in voga. Não há resultado que permaneça sem que se conquiste-o com muita disciplina. Qualquer tipo de fórmula, promessa ou mágica não passa de enganação.

No Brasil, a legislação que rege estes produtos ainda é muito falha e permite que muita coisa seja vendida sem que realmente se tenha certeza de seus benefícios.

Nem fora do país é muito diferente. Ontem mesmo li uma notícia no "NewsDaily" que dizia, segundo o ultimo relatório do FDA, que dos 54.000 suplementos dietéticos comercializados atualmente nos EUA, apenas cerca de um terço tem algum nível de segurança e eficácia, que seja apoiado por evidências científicas. Ou seja, 36000 produtos, em média, não servem ao que se comprometem. Se, os produtos vendidos oficialmente não apresentam tanta segurança, imagina os que são vítimas de falsificação?

Quem nunca comprou um suplemento que não funcionou pra nada? Custou um absurdo e não fez nem cócegas. Será que este não era um produto falsificado? Os produtos mais vendidos, principalmente os importados e de marcas mais conhecidas, são também os mais falsificados. E muitas vezes, pode se levar gato por lebre.

Particularmente não sou contra o uso de suplementos, mas procuro sempre ter o máximo de cuidados em como utilizá-los. Nem todos precisam utilizar e nem todos os suplementos são indicados pra todo mundo.

Primeiramente, evite comprar "potões". Se você não é atleta profissional ou fisiculturista, suas dosagens não são as mesmas que estão no rótulo (na verdade nem mesmo as dos profissionais são as mesmas), logo um pote grande pode até perder a validade já que não vai usar tanto.

Esportistas em geral, precisam antes, realizar uma boa avaliação nutricional e conhecer suas necessidades, daí, uma boa opção é comprar a dose do suplemento manipulada em sachês. A maioria das farmácias de manipulação possuem os principais suplementos para manipular (whey, maltodextrina, creatina, etc).

Outra coisa importante é não acreditar piamente nas indicações de seus colegas da academia. Nem sempre o que serve pra João funcionará para Francisco. Cada organismo possui individualidades que devem ser respeitadas, assim, novamente, procure um profissional.

Mas se ainda assim, você confia naquele seu companheiro de malhação e o suplemento que você deseja tomar não existe em forma manipulada, é ainda mais importante a consulta com um profissional, pois só ele saberá lhe indicar a dose correta daquele produto que você pode utilizar sem nenhum risco.

No fim, a verdade é que na maior parte dos casos se resolve com "Arroz com Feijão". Se você tem uma alimentação equilibrada, faz seus exercícios com disciplina e seriedade, naturalmente os resultados irão aparecer e os suplementos passarão a ser apenas complementos desta boa alimentação.
Até a próxima...


Referências:
FOX, M. - U.S. dietary supplements often contaminated: report. - in NewsDaily.com - internet. Disponível em: http://www.newsdaily.com/stories/tre6721f5-us-usa-supplements/

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